15/08/2024

Por que é importante estar atento ao vírus sincicial respiratório (VSR)?

O vírus sincicial respiratório é altamente contagioso e está colocando a saúde de bebês, crianças e idosos em risco. Saiba como se proteger do VSR.

Já ultrapassamos a marca de 100 mil casos de SRAG no Brasil e os dados do Boletim InfoGripe apontam o vírus sincicial respiratório como o principal responsável por esse cenário preocupante. Altamente contagioso, o VSR está por trás de 44,8% dos casos, internações e óbitos em crianças pequenas. Para saber como se proteger, continue a leitura.

O que é VSR?
Quais são os sintomas do VSR?
Como acabar com o vírus sincicial respiratório?
Como tratar o vírus sincicial respiratório?
Como prevenir o VSR?

O que é VSR?

O vírus sincicial respiratório (VSR) é uma das principais causas de bronquiolite e infecção do trato respiratório superior, especialmente em recém-nascidos, bebês e crianças. Mas se engana quem pensa que apenas os pequenos são vítimas, a infecção pode levar a complicações graves e hospitalizações em adultos mais velhos.

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Quais são os sintomas do VSR?

A maioria das crianças infectadas pelo VSR apresenta sintomas leves, parecidos com os de um resfriado comum, porém, em menores de 2 anos a infecção pode evoluir para uma bronquiolite.

De início, provoca coriza, tosse leve e febre. Após um ou dois dias, a tosse pode piorar, a respiração ficar mais difícil e aparecer um chiado a cada expiração, deixando os bebês com dificuldade para mamar e deglutir. Outro sinal é que os dedos e lábios podem ficar azulados.

Já os adultos apresentam um quadro leve de infecção do trato respiratório superior com sintomas passageiros. Por outro lado, alguns desenvolvem quadros mais graves, como pneumonia, especialmente a partir dos 60 anos de idade.

Nesses casos, a infecção pelo VSR pode piorar doenças crônicas já existentes (diabetes, insuficiência cardíaca e asma, por exemplo), o que leva a taxas de internação mais altas e coloca em risco a qualidade de vida.

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Vírus sincicial respiratório (VSR): o que é e quais são os riscos | Vaccine

Como acabar com o vírus sincicial respiratório?

A transmissão do vírus sincicial respiratório ocorre através das secreções do nariz ou da boca de uma pessoa infectada, seja por contato direto ou por gotículas. Então, para acabar com a disseminação do VSR, esse ciclo deve ser interrompido.

Para isso, é crucial adotar medidas preventivas e hábitos saudáveis, como lavar as mãos com frequência, evitar contato próximo com pessoas doentes e manter os ambientes limpos e arejados.

Como tratar o vírus sincicial respiratório?

Não existe um tratamento específico para o VSR. Em quadros graves, a hospitalização é necessária para oxigenoterapia e outras medidas de suporte, envolvendo o uso de respiradores mecânicos em ambiente de UTI.

A maioria dos pacientes começa a se recuperar em cerca de sete dias. Entretanto, as crianças podem desenvolver problemas respiratórios crônicos e se tornarem mais suscetíveis à asma no futuro.

Com o avanço da idade, a vulnerabilidade para o vírus sincicial respiratório é maior. Nos idosos, a recuperação é mais lenta e pode trazer maior risco para eventos cardiovasculares, que por si só já são bem perigosos.

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Como prevenir o VSR?

Junto com as medidas preventivas e hábitos saudáveis, um truque infalível para afastar o VSR é a vacinação, destinada aos mais vulneráveis, que são os pequenos e os mais velhos. As crianças podem se proteger com dois anticorpos monoclonais, o palivizumabe ou o nirsevimabe:

  • Palivizumabe: disponível no PNI durante o período de maior circulação do vírus, indicado para as crianças com risco elevado de desenvolver infecção grave por VSR, como prematuros, bebês e crianças jovens com doenças cardíacas ou pulmonares graves.
  • Nirsevimabe: já foi aprovado pela Anvisa e tem estimativa de chegada ao sistema privado de vacinação do Brasil até o fim de 2024.

E quem possui 60 anos ou mais, pode contar com a vacina Arexvy para reduzir o risco de complicações causadas pelo vírus sincicial respiratório. Logo mais, a vacina Abrysvo® chegará ao nosso país, ampliando a proteção também para as gestantes.

Por enquanto, oferecemos uma camada extra de proteção e tranquilidade para os idosos da sua família, então conte com a Vaccine para garantir a segurança daqueles que você mais ama.

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Foto de Leandro Andriani

por Leandro Andriani

Farmacêutico e Bioquímico, graduado no ano de 1995 atua no ramo de imunização a mais 20 anos. Vasta experiência no mercado farmacêutico. E sócio proprietário da Clínica Vaccine.