Desde 2016, o sarampo era considerado uma doença erradicada nas Américas, segundo um certificado emitido pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
Porém, em 2018 começaram a surgir novos casos no Brasil, levando a um novo surto de sarampo em diversas regiões do país. Até maio deste ano, 19 estados da nação haviam registraram relatórios dizendo que o vírus está ativo em seus territórios.
A situação é bastante preocupante, visto que neste mesmo período estamos vivendo uma pandemia devido à COVID-19.
Porém, mesmo diante deste cenário complicado, é importante destacar que existe uma maneira de evitar a doença. Entenda:
O que é sarampo?
Primeiramente é preciso entender que o sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus. O quadro do paciente, se for agravado, pode acabar sendo fatal.
Existem maneiras de prevenir o sarampo, mas a melhor opção é, sem dúvida, a vacinação.
Segundo o Ministério da Saúde, o surto de sarampo veio à tona pois ocorreu uma queda do número de vacinações realizadas.
O infectologista da Sociedade Brasileira de Infectologia e professor da Faculdade de Medicina do ABC, Munir Ayub, alerta que durante o outono e o inverno, estações que apresentam temperaturas mais baixas, há probabilidade de aumento de casos de sarampo.
Sintomas iniciais do sarampo:
– febre acompanhada de tosse;
– irritação nos olhos;
– nariz escorrendo ou entupido;
– falta de apetite;
– mal-estar intenso.
Complicações:
O sarampo é uma doença grave que pode deixar sequelas bastante complicadas para aqueles que conseguem se curar. Em casos mais extremos, pode até causar a morte. As principais complicações da doença variam de acordo com a idade do paciente infectado.
Confira como isso pode acontecer:
- Crianças: a doença pode causar pneumonia, infecções de ouvido, encefalite aguda (inflamação no encéfalo – parte do sistema nervoso dentro do crânio) e morte.
- Adultos: o quadro pode evoluir para uma pneumonia bem séria.
- Gestantes: a paciente pode acabar tendo um parto prematuro, ou dar à luz um bebê com baixo peso.
Tratamento:
Não existe um tratamento para a doença. Os medicamentos utilizados são apenas para reduzir o desconforto provocado pela doença e lidar com os sintomas citados anteriormente.
Outras complicações de origem bacteriana do sarampo podem ocorrer e também devem ser tratadas especificamente.
Confira algumas respostas para dúvidas frequentes a respeito do Sarampo
Grávidas podem tomar a vacina contra o sarampo?
A resposta é não, pois isso pode apresentar riscos para o feto. Caso a gestante nunca tenha sido vacinada, o ideal é que isso ocorra apenas após o parto.
Com que idade o bebê pode tomar a vacina do sarampo?
Bebês devem ser vacinados contra o sarampo a partir dos seis meses de vida.
Quem tomou uma dose na infância, está protegido?
Não! Pois duas doses são necessárias para imunizar corretamente. Quem não tomou duas doses a partir dos 12 meses de vida está suscetível à doença.
Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), em caso de dúvidas, o melhor é se vacinar novamente!
Existe idade ideal para tomar a vacina contra o sarampo?
A vacina tríplice viral deve ser tomada aos 12 meses de vida. Já a vacina tetravalente viral deve ser tomada aos 15 meses.
Quais as indicações a respeito da vacinação para adultos e idosos?
Caso o adulto não tenha sido imunizado na idade correta, ele deve tomar tríplice viral. Não existe idade limite para realizar a imunização.
Quanto a idosos, uma dose poderá ser recomendada a essa parcela da população, principalmente se estiver acontecendo um surto da doença, como é o cenário em 2020.
Quem já teve sarampo, precisa se vacinar?
A resposta é não, pois pega-se o sarampo apenas uma vez na vida. Portanto, quem já foi infectado pelo vírus, não terá a doença novamente.
A vacina tem efeitos colaterais?
Os efeitos colaterais da vacina são bastante raros. Mas isso não significa que não podem ocorrer. É preciso estar atento ao período de 5 a 21 dias após a vacinação, principalmente se a vacina tomada foi a tríplice viral.
Os efeitos colaterais incluem: febre alta, manchas na pele, dor de cabeça e gânglios inchados. Mas vale destacar que essa é uma situação extremamente rara!