Tenho uma boa e uma má notícia: nos últimos anos, o Brasil vem sofrendo uma queda na cobertura vacinal. A maior nos últimos 30 anos, o que é algo inédito na nossa história.
Como nosso país era referência mundial em imunização, é primordial para cada um de nós entender quais são as causas que levaram à diminuição e principalmente como superar os baixos índices.
Porém, como sou otimista, deixei o melhor para o final: nós podemos reverter essa situação. Na campanha nacional de vacinação contra a Covid-19, por exemplo, o Ministério da Saúde revelou que mais de 568 milhões de vacinas foram distribuídas para todas as regiões do Brasil.
Sendo assim, a queda na cobertura vacinal pode ser revertida e tudo começa pela informação. Então, preparei um conteúdo completo que aborda desde os perigos até as principais razões que levaram aos baixos índices.
Tenha uma boa leitura e aprenda mais sobre a importância da vacinação para a saúde pública.
Quais são os perigos da queda na cobertura vacinal?
Quais são as principais razões da queda na cobertura vacinal?
Qual é a importância da vacinação para a saúde pública?
Quais são os perigos da queda na cobertura vacinal?
Bom, a pandemia do coronavírus pode até ter potencializado a queda nos índices da cobertura vacinal. Mas, a verdade é que os percentuais baixos antecedem as consequências graves da Covid-19 e não se restringem ao Brasil.
Uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do UNICEF evidenciou que isso é um alerta vermelho para a saúde das crianças, uma vez que estamos presenciando a maior queda da vacinação infantil.
Em 2022, por exemplo, a BCG foi a única vacina que atingiu a meta de cobertura estabelecida, como revelaram dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Nesse sentido, os pequenos estão expostos a um cenário grave, uma vez que menos da metade não completou a imunização contra doenças como sarampo, caxumba, rubéola e hepatite A.
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Tudo isso fica ainda mais perigoso quando pensamos que na infância o sistema imunológico ainda está se desenvolvendo. Porém, as crianças não são as únicas vítimas da queda na cobertura vacinal.
Do mesmo modo, adolescentes, adultos e idosos não atingiram as metas estabelecidas de vacinas como HPV, febre amarela e hepatite B e podem transmitir as doenças para outras pessoas, inclusive as crianças.
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Para ilustrar a situação atual, preparei um panorama da cobertura vacinal no Brasil dos últimos anos:
Coberturas vacinais segundo região do Brasil de 2015 a 2022
Região | 2015 | 2016 | 2017 | 2018 | 2019 | 2020 | 2021 | 2022 |
Norte | 83,05 | 48,22 | 66,24 | 69,14 | 72,77 | 61,48 | 55,04 | 61,29 |
Nordeste | 95,40 | 47,96 | 70,05 | 74,04 | 69,24 | 62,50 | 57,67 | 66,23 |
Sudeste | 98,51 | 49,04 | 74,63 | 79,06 | 72,72 | 68,90 | 61,71 | 63,49 |
Sul | 94,24 | 55,60 | 77,43 | 81,40 | 81,92 | 79,16 | 69,26 | 72,84 |
Centro-Oeste | 94,42 | 60,87 | 76,14 | 81,87 | 78,18 | 73,32 | 64,09 | 70,03 |
Total | 95,07 | 50,44 | 72,93 | 77,13 | 73,44 | 68,05 | 61,06 | 65,88 |
Fonte: Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações.
Entre os anos de 2021 e 2022 podemos perceber que a cobertura vacinal está progredindo lentamente e ainda muito longe do patamar preconizado pelo Ministério da Saúde de 95%.
Isso significa que doenças controladas como sarampo e febre amarela podem voltar à tona e assolar nossa população, surtos completamente evitáveis por meio da vacinação.
Devido à percepção enganosa por parte das pessoas de que a vacinação não é necessária após a erradicação de doenças, também é necessário entender quais são os motivos que levam à queda na cobertura vacinal.
Quais são as principais razões da queda na cobertura vacinal?
Dentre os motivos que levam aos indivíduos a deixarem a vacinação de lado e promovem a queda na cobertura vacinal, os mais plausíveis e prováveis são:
- Desinformação
- Esquecimento
- Falta de planejamento
- Medo dos efeitos adversos
Tudo isso é remediado pelo conhecimento, não é à toa que um dos nossos lemas na Vaccine é: informação previne.
Portanto, acompanhe os calendários de vacinação da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), se atualize sobre as campanhas e crie um planejamento para colocar a carteirinha de vacinação de toda a sua família em dia.
👉 Caso você tenha alguma dúvida, entre em contato com a Vaccine.
Qual é a importância da vacinação para a saúde pública?
Quando um número suficiente de pessoas de uma comunidade é imunizado contra uma determinada doença, alcançamos a imunidade coletiva.
Isso significa que o vírus ou a bactéria que causa a infecção não se espalha facilmente de pessoa para pessoa, porque a maioria delas está protegida.
E não para por aí, como algumas pessoas não podem ser vacinadas contra algumas doenças – bebês e pacientes imunossuprimidos, por exemplo – elas acabam se beneficiando do chamado efeito rebanho.
Além disso, a medida previne surtos, uma vez que dificulta a disseminação do agente etiológico. Como resultado, os casos se tornam cada vez mais raros e podem até mesmo desaparecer completamente, assim como aconteceu com a erradicação de doenças como a poliomielite no Brasil.
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O sarampo, por exemplo, é um dos vírus mais contagiosos do mundo e segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) é necessária uma cobertura vacinal de 95% ou mais de duas doses para criar a imunidade coletiva.
Então, para garantir que eu, você e todas as pessoas à nossa volta estamos realmente protegidos contra essa e outras doenças, precisamos voltar ao patamar de imunização que colocou o Brasil em destaque.
Ainda que isso envolva o papel de instituições, equipes e profissionais da área da saúde, também requer a atenção e o comprometimento de cada um de nós.
Nesse sentido, confie em quem atua diariamente para cuidar de quem você mais ama e proteger toda a sua família. Conheça os nossos serviços que incluem Atendimento HomeCare e encontre a unidade mais próxima da Vaccine de você: