14/12/2022

Tudo o que você precisa saber sobre hepatites

Os casos de hepatites virais representam um grande risco para nossa população. Entenda mais sobre cada um dos tipos da doença e suas formas de prevenção.

Todos os anos, no dia 28 de julho, é comemorado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites, com foco na prevenção e conscientização sobre a doença.

Mas, afinal de contas, você entende quais são os tipos de hepatite? Ou como diferenciá-los?

Você provavelmente já sabe que ela está relacionada a uma inflamação do fígado, mas como na maioria das vezes é uma doença silenciosa e não apresenta sintomas, todo cuidado é pouco.

Além disso, os casos virais da hepatite são um grave problema de saúde pública, e isso não se restringe apenas ao Brasil. Inclusive, algumas infecções causadas pelos vírus frequentemente se tornam crônicas.

Então, que tal começarmos nos munindo com informações? Aqui, nesse conteúdo que eu preparei, você aprenderá tudo sobre as hepatites.

Tenha uma boa leitura.

O que é hepatite?
Quais são os tipos de hepatite?
Quais são as formas de prevenção de hepatite?
Como funciona a vacinação contra hepatite?

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O que é hepatite?

Em primeiro lugar, é importante saber que a hepatite é uma infecção que atinge o fígado e que pode ser causada por um vírus, mas não necessariamente.

Isso porque o uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas ou até mesmo doenças autoimunes, metabólicas e genéticas também estão relacionadas aos casos de hepatite.

Um grande número de pessoas sequer têm conhecimento de que estão infectadas, uma vez que a doença nem sempre apresenta sintomas, o que representa um enorme risco para saúde já que o avanço da hepatite compromete o fígado e pode levar ao desenvolvimento de câncer e até mesmo à necessidade de transplante do órgão.

Leia mais: A importância da vacinação para manter doenças erradicadas, eliminadas e controlar sua transmissão

Além disso, entre os anos de 2000 e 2021, foram confirmados 718.651 casos de hepatites virais no Brasil, como a Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) bem revelou.

Como os dados são referentes aos casos de hepatites A, B, C e D, é importante entender mais sobre os diferentes tipos da doença.

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Quais são os tipos de hepatite?

Hepatite A

Também conhecida como hepatite infecciosa ou epidêmica, a hepatite A é uma doença contagiosa e transmitida pelo vírus HAV.

Costuma não apresentar sintomas em sua fase inicial, porém, os mais frequentes são: cansaço, tontura, enjoo, vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Frequentemente, sua transmissão é fecal-oral, devido às condições precárias de saneamento básico, nível socioeconômico da população, higiene pessoal e alimentos contaminados.

Hepatite B

O tipo B da doença também é chamado de soro-homólogo, uma vez que o vírus HBV, causador da infecção, está presente no sangue, no esperma e no leite materno.

Sua transmissão pode se dar por meio de relações sexuais desprotegidas, realização de procedimentos sem esterilização adequada, uso de drogas com compartilhamento de seringas, sangue contaminado e até mesmo da mãe infectada para o filho durante a gestação ou o parto.

Vale ressaltar que a maioria dos casos não apresenta sintomas, contudo, os mais frequentes são similares aos da hepatite A e costumam aparecer de um a seis meses após a infecção.

Leia mais: A importância em manter as vacinas em dia em todas as idades

Hepatite C

Assim como as anteriores, a hepatite C é uma doença infecciosa viral e contagiosa, mas causada pelo vírus HCV, que também está presente no sangue. Os mecanismos de transmissão mais conhecidos são através da transfusão de sangue, do uso de drogas injetáveis e pelo contato com o sangue contaminado.

Os sintomas em pacientes são muito raros, mas, se assemelham aos mesmos sinais das hepatites A e B. Quando a infecção persiste por mais de seis meses, evolui da forma aguda para a forma crônica.

Hepatite D

Também conhecida como hepatite delta, é causada pelo vírus HDV e pode ser tanto assintomática quanto sintomática. Os modos de transmissão e de prevenção são os mesmos da hepatite B, inclusive, depende da presença do vírus HBV para sua infecção.

Hepatite E

Os casos de hepatite E são mais raros no Brasil, transmitidos pelo vírus HEV, ocorrem de forma epidêmica ou em áreas endêmicas, como países em desenvolvimento, onde a contaminação dos reservatórios de água estão contaminados.

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Quais são as formas de prevenção de hepatite?

O diagnóstico precoce é a melhor forma de garantir maiores chances de eficácia com o tratamento contra inúmeras doenças, e com a hepatite não é diferente.

Além disso, as mulheres grávidas não podem deixar o pré-natal de lado ou os exames para detecção precoce das hepatites. Isso porque o cuidado é essencial para que a doença não seja transmitida de mãe para filho. Até mesmo a colocação de brincos deve ser realizada por profissionais capacitados.

Nesse sentido, outras formas de prevenção da hepatite indicadas são:

  • Melhorar as condições de higiene e de saneamento básico
  • Lavar as mãos com frequência
  • Consumir apenas água que passou pelos tratamentos adequados
  • Usar camisinha e se proteger em todas as relações sexuais
  • Estar com a carteirinha de vacinação em dia

Leia mais: Dose de reforço da vacina: por que existem e qual sua importância pro esquema vacinal?

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Como funciona a vacinação contra hepatite?

A melhor forma de prevenção contra os tipos A e B de hepatite é a vacinação, e também a mais eficaz.

Vale ressaltar que as vacinas não são indicadas para pessoas que apresentaram anafilaxia, causada por algum componente da vacina ou com dose anterior. Além disso, pessoas que desenvolveram púrpura trombocitopênica também não devem receber os imunizantes.

Portanto, o imunizante que protege contra os tipos mais comuns de hepatite é indicado para os seguintes grupos:

  • Crianças a partir dos 12 meses
  • Adolescente
  • Adultos
  • Idosos em situações de risco aumentado (surtos ou contactantes de doentes com hepatite A)

Vale ressaltar que a vacina que confere proteção contra as hepatites A e B está disponível na rede privada. Desse modo, previne as doenças com uma única injeção.

O esquema vacinal recomendado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) para crianças e adolescentes a partir de 1 ano e menores de 16, respectivamente, é de duas doses com espaço de seis meses entre cada uma delas.

Já os adolescentes a partir dos 16 anos, adultos e idosos devem tomar três doses, sendo que a segunda aplicação deve acontecer 30 dias após a primeira, e a terceira, cinco meses após a segunda.

Aqui na Vaccine nós contamos com uma equipe preparada para atender todas as faixas etárias e garantir a saúde e o bem-estar para a família toda.

Então, já sabe com quem contar para o momento de colocar a carteirinha de vacinação em dia. Encontre a unidade mais próxima de você:

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Foto de Leandro Andriani

por Leandro Andriani

Farmacêutico e Bioquímico, graduado no ano de 1995 atua no ramo de imunização a mais 20 anos. Vasta experiência no mercado farmacêutico. E sócio proprietário da Clínica Vaccine