A Covid-19, doença ocasionada pelo coronavírus, afetou e abalou a vida em todo o planeta. A pandemia acarretou em uma corrida pelas empresas farmacêuticas no mundo para criar vacinas eficazes e capazes de salvar vidas.
Por conta dessa urgência em encontrar uma medida preventiva amplamente eficiente além do isolamento social, do uso de máscaras e do álcool em gel, essa corrida foi capaz de produzir as vacinas mais rápidas da história, em cerca de dez meses.
Após isso, a vacinação no mundo começa pelos grupos prioritários que incluem idosos, lactantes, imunodepressivos, agentes de saúde, etc. E a vacina Coronavac, produzida também na China, apresentou respostas satisfatórias em gestantes, sendo considerada a vacina mais segura para esse grupo.
Além é claro de implementar a imunização em gestantes e lactantes, a Coronavac em um recente estudo do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da USP realizado pelo Instituto da Criança e do Adolescente, mostrou seus anticorpos presentes no leite materno.
Por conta disso, apresentaremos neste artigo a importância da vacinação no período gestacional e lactacional, bem como a imunização de bebês pelos anticorpos da Coronavac e outras vacinas por meio do leite materno.
Vacinação durante o período gestacional
Vacina covid-19 e anticorpos pelo leite materno
Vacinação durante o período gestacional
Muitas pessoas ainda acreditam que a vacinação não deve ocorrer durante o período gestacional, mas esse é um pensamento muito equivocado. Gestantes possuem sua própria carteirinha de vacinação que deve ser seguida à risca durante o período pré-natal.
A imunização desse grupo é essencial tanto para a saúde da gestante quanto para o bebê, que necessita dessa proteção para vir ao mundo com um desenvolvimento saudável e sem correr riscos logo no parto, como a infecção pela Hepatite B que pode ocorrer já ao nascer e se desenvolver para uma hepatite crônica.
As gestantes possuem vacinas específicas a serem tomadas durante a gravidez, mas as outras aplicadas ao longo da vida e seus reforços também fazem toda a diferença. Já que os anticorpos podem ser passados de mãe para filho por meio transplacentário (que é o caso da Hepatite B), o que previne uma transmissão horizontal até a vacinação do recém nascido.
As únicas vacinas contraindicadas durante o período gestacional são aquelas que possivelmente podem causar uma reação alérgica (após uma análise clínica do médico) ou vacinas atenuadas (com carga viral ou bacteriana enfraquecidas), o que pode causar a contaminação do feto pela vacina.
Já com a Covid-19, a vacinação em gestantes também pode promover imunização pelos anticorpos da vacina em bebês, como um caso em Tubarão – SC noticiado pelo G1, no qual uma mãe médica vacinada na 34ª semana de gestação com a Coronavac passou anticorpos da vacina para seu bebê.
Mas ainda é importante lembrar que muitos estudos precisam ser realizados para entender a imunização das vacinas da Covid-19 em fetos e recém nascidos, bem como a duração dessa imunização e qual o melhor momento para vacinar gestantes.
Vacina covid-19 e anticorpos pelo leite materno
O leite materno é o alimento exclusivo de bebês até os seis meses de vida e é recomendado como alimento complementar até os 2 anos de idade, e tudo isso não é à toa.
Os valores nutricionais do leite materno promovem uma alimentação na medida exata para o crescimento saudável do bebê ao longo desses anos.
Além de tudo isso, também ajuda a fortalecer a imunidade com a presença de anticorpos transmitidos de mãe para filho durante o aleitamento materno, inclusive contra o coronavírus em mães que tomaram a vacina ou curadas da doença.
Os anticorpos passados por via transplacentária conferem uma imunização ao bebê, mas o leite materno não deve ser deixado de lado por conta disso, já que fora do corpo da mãe a criança está muito mais exposta aos agentes causadores de doenças e suas infecções.
A imunização do bebê após o nascimento deve ser trabalhada por um conjunto de ações como: alimentação adequada (leite materno), consultas preventivas, vacinação e exames importantes como o de pézinho.
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E enquanto as vacinas da Covid-19 não são testadas e liberadas em bebês e crianças menores, é de demasiada importância que mães gestantes (se liberadas para a vacinação), mães puérperas e lactantes tomem o imunizante para possibilitar a proteção de seus filhos pelo leite materno.
É importante lembrar também que essa imunização ainda está em estudo e não se é possível saber por quanto tempo ela dura, portanto, assim que a vacina for liberada para uso em crianças menores, garanta a imunização de seus filhos.
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