16/04/2021

Carteirinha de Vacinação: Por que manter atualizada?

Entenda a importância da imunização em todas as idades e porque sua carteirinha de vacinação deve se manter atualizada ao longo da vida!

O processo de crescimento e envelhecimento envolve a perda de muitos costumes. Enquanto crescemos, deixamos de fazer várias coisas que antes eram parte da rotina. Infelizmente, o hábito da vacinação é um deles.

A verdade é que adultos se vacinam cada vez menos, apesar de sempre estarem monitorando a carteirinha de vacinação de seus filhos pequenos. Por que isso acontece? Quais são os prejuízos que a perda do hábito da vacinação pode trazer para nós enquanto sociedade?

Nesse artigo, iremos discutir sobre a importância da vacinação em todas as idades e como o hábito de imunização deve continuar mesmo depois de adultos, em uma questão que preza não apenas a saúde individual, mas para que doenças que já foram controladas não voltem a assolar a população nacional.

Carteirinha de vacinação para bebês e crianças

Vacinação para adultos e idosos

Por que manter a carteira de vacinação atualizada?

Carteirinha de vacinação para bebês e crianças

O calendário básico de imunização tem o seu início logo nos primeiros instantes de vida, após o parto. 

A partir do nascimento até os seis anos de idade, a criança recebe a caderneta de vacinação e cabe aos responsáveis fazer o monitoramento dessas vacinas e fazer visitas frequentes ao médico pediatra para receber os imunizantes. 

Depois dos seis anos, a SBIm (Sociedade Brasileira de Imunização) recomenda seguir um calendário de vacinação que notifica novas vacinas e traz a informação sobre reforços de imunizantes a cada 10 anos.

Vacinação para adultos e idosos

Carteirinha de Vacinação: mantenha atualizada

Apesar de muitos pensarem o contrário, erroneamente, a vacinação para  adultos é tão importante quanto a vacinação da população infantil. 

Seja na infância ou na maturidade, vacinar é sinônimo de prevenir e evitar doenças, ou seja, proteger o organismo humano contra vírus, bactérias e outros corpos estranhos que prejudicam nossa saúde e bem-estar. 

Com o passar dos anos, o adulto é capaz de desenvolver a imunidade sozinho, mas isso não impede que seu organismo permaneça vulnerável a algumas doenças. 

Isso inclui as novas patologias que podem eventualmente surgir, como é o caso da Covid-19. Com a vacina do coronavírus, o sistema imunológico estará preparado para combater o vírus. 

A natureza é dinâmica e novas enfermidades irão aparecer de tempos em tempos. Por isso, o processo de vacinação deve ser constante e para a vida toda. 

Para continuar protegido, a necessidade de se imunizar através da vacinação deve ser um hábito também para adultos, especialmente idosos, pois a vacina irá fornecer novos anticorpos que o organismo pode não produzir.

Aqueles que estão com a carteirinha de vacinação atualizada desde a infância, estão protegidos até os 30 anos de idade contra doenças como: 

  • Tuberculose; 
  • Poliomielite; 
  • Tétano; 
  • Difteria; 
  • Coqueluche e sarampo; 
  • Hepatite B; 
  • Meningite; 
  • Doença pneumocócica;
  • Rubéola.

Vale ressaltar que essas enfermidades, muito fatais no passado, foram controladas e, até mesmo, erradicadas no Brasil, como é o caso da rubéola. 

Perder o hábito de vacinar depois de adulto pode significar a volta dessas patologias e prejudicar o convívio saudável entre as pessoas que vivem em comunidade.

Saiba mais sobre a imunização na terceira idade no artigo: Vacinas para idosos: quais são e por que vacinar na melhor idade?

Por que manter a carteira de vacinação atualizada?

Carteirinha de Vacinação: mantenha atualizada

Pessoas que estão com a carteira de vacinação desatualizadas devem ter a preocupação em mudar esse cenário. 

Tal afirmação se justifica não apenas pelo fato de elas colocarem a própria saúde em estado vulnerável, mas por estarem colocando em risco a saúde de idosos e crianças, organismos mais frágeis, por se tornarem transmissores ativos de vírus, bactérias e outros agentes que causam doenças.

De acordo com o Ministério da Saúde, pessoas a partir dos 20 anos devem se vacinar ao menos contra o sarampo, caxumba, rubéola, hepatite B, febre amarela, difteria e tétano. Para a imunização dessas enfermidades, há quatro tipos de vacina, sendo elas:

  • Hepatite B: são três doses para quem nunca recebeu o imunizante ou nunca contraiu a doença;
  • Tríplice viral: protege contra sarampo, caxumba, rubéola, sendo dose única e não recomendada para gestantes e pessoas com o sistema imunológico comprometido ou frágil;
  • Dupla Adulto (dt): protege contra difteria e tétano e consiste em quatro doses iniciais; depois disso a pessoa deve receber o imunizante a cada dez anos;
  • Febre amarela: antes indicada apenas para moradores em áreas de risco, essa vacina passou a ser recomendada pelo Ministério da Saúde em todo o território nacional. Contudo, mulheres grávidas e em período de amamentação não devem receber essa vacina.

Aos idosos, recomenda-se a vacinação contra a gripe e pneumococo. O vírus da gripe sofre mutações e, por isso, essa vacina deve ser recebida anualmente, especialmente em idosos. 

Já a vacina contra pneumococo consiste em dose única e protege o indivíduo contra doenças graves, como pneumonia e meningite.

Em casos de perdas da caderneta de vacinação, recomenda-se considerar que a vacinação não aconteceu, uma vez que a repetição de doses não prejudica o organismo. O ideal é manter o controle das vacinas, não importa a idade. 

Uma vez que a jornada de imunizações começa na infância, confira o eBook: 

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Foto de Leandro Andriani

por Leandro Andriani

Farmacêutico e Bioquímico, graduado no ano de 1995 atua no ramo de imunização a mais 20 anos. Vasta experiência no mercado farmacêutico. E sócio proprietário da Clínica Vaccine