Você já ouviu falar na estratégia Cocoon — também conhecida como “casulo” — de vacinação?
Basicamente, a intenção é proteger o recém-nascido contra doenças transmissíveis, principalmente a infecção respiratória conhecida como coqueluche. Para isso, vacinam-se adolescentes e adultos que têm contato com bebês que estão em fase de amamentação.
Certificando-se de que todas as pessoas ao redor do seu bebê estão com a carteirinha de vacinação atualizada, você está oferecendo proteção indireta a ele. Por isso, continue a leitura para saber tudo sobre essa estratégia:
O que é a coqueluche?
Como a estratégia Cocoon pode salvar a vida do seu bebê?
Família vacinada: gestante e bebê protegidos
Quais as vacinas são aplicadas para a imunização completa contra a coqueluche?
O que é a coqueluche?
Coqueluche é uma infecção respiratória altamente contagiosa, causada por uma bactéria, a Bordetella pertussis. Essa enfermidade também é chamada de “tosse comprida”, uma vez que a tosse causada por ela é persistente e tem características diferentes, e o som se parece com um assobio.
A doença pode ser desenvolvida em qualquer idade. Por isso a importância da vacina, inclusive para idosos que, assim como bebês com menos de 1 ano, também são grupo de risco.
Essa infecção pode durar várias semanas. Os sintomas se assemelham muito aos de resfriado, por isso, muitas vezes os médicos solicitam exames laboratoriais para a confirmação do diagnóstico. Os principais sintomas são:
- Excesso de tosse
- Coriza
- Febre
- Mal-estar
- Fadiga
- Falta de ar
- Vômitos
Como uma gripe comum, a transmissão da coqueluche acontece por meio do contato direto com uma pessoa infectada, ou mesmo com as secreções que são emitidas por ela. Por esse motivo, ela é considerada altamente contagiosa.
Leia mais: Atenção à vacinação: doenças tão perigosas quanto a covid-19 que também merecem atenção
Para o tratamento, é preciso que o paciente fique em isolamento até sua completa recuperação, para evitar que mais pessoas sejam infectadas, especialmente bebês e idosos. Durante a recuperação, é necessário fazer uso de medicamentos de alívio de sintomas recomendados pelo médico.
Por ser uma doença facilmente confundida com resfriado, ela acaba contaminando pessoas para as quais as consequências podem ser bem graves, como os pequenos bebês.
Quem já viu o som produzido por bebês com a infecção, dificilmente se esquece. O pequenino pode até mesmo apresentar coloração roxa na pele, por causa dos danos à oxigenação do sangue causados por tantas crises de tosse.
É por isso que a vacina é a melhor forma de cuidar da vida de quem você ama.
Como a estratégia Cocoon pode salvar a vida do seu bebê?
O nome Cocoon (casulo) é devido à proteção que essa estratégia proporciona aos bebês que podem ter contato direto com pessoas infectadas.
Uma vez que a infecção pode causar complicações graves e até mesmo fatais em bebês, principalmente nos primeiros seis meses de vida, a imunização é indispensável.
Inclusive, de acordo com a Revista Imunização, a grande maioria de casos de coqueluche são transmitidos dentro de casa, sendo os pais a principal fonte de contaminação.
A estratégia Cocoon rompe com esse ciclo, uma vez que imuniza as pessoas que mais têm contato com os pequenos, impedindo que o bebê passe pelo risco de ser contaminado.
Família vacinada: gestante e bebê protegidos
Como você já sabe, esse cuidado é capaz de reduzir os casos graves da doença e salvar a vida de muitos bebês. Por isso, pessoas que têm contato frequente com os pequeninos, como os pais, responsáveis, irmãos, profissionais da saúde, entre outros, devem se conscientizar de tomar a vacina, que tem como objetivo principal reduzir a mortalidade infantil.
Além disso, a imunização da gestante é uma grande aliada no combate à coqueluche. Hoje já há estudos que comprovam que a vacina recebida pelas grávidas vai muito além de protegê-las, mas expande essa imunização para os bebês contra doenças totalmente evitáveis.
Mesmo que a gestante já tenha tomado essa vacina durante a vida, é indispensável uma dose de reforço durante a gravidez, sobretudo entre a 20ª e a 35ª semana de gestação, a fim de estimular os anticorpos e não colocar em risco a vida do bebê.
A dose de reforço serve também para os familiares e todos aqueles que têm contato com os bebês, já que a vacina tem validade de 10 anos.
Por mais que o bebê receba essa vacina também, isso acontece somente aos 2 meses de idade, e o esquema vacinal estará completo apenas aos 6 meses, com reforço aos 15 meses. Ou seja, até o final desse esquema, o bebê ainda pode pegar a doença e correr riscos de complicações, internações e até mesmo uma fatalidade.
Leia mais: As vacinas que os bebês não podem deixar de tomar
[
Quais vacinas são aplicadas para a imunização completa contra a coqueluche?
A vacina pentavalente imuniza contra difteria, tétano, hepatite B e também coqueluche. Para crianças, ela faz parte da vacinação infantil de rotina, e são aplicadas cinco doses: aos 2, 4, 6, 15 meses e depois, novamente, entre os 4 e 6 anos. A dose de reforço é necessária a cada 10 anos.
Para familiares e outras pessoas que têm contato frequente com os bebês, essa dose de reforço precisa muito estar em dia. Já para gestantes, a vacina deve ser aplicada uma vez a cada gravidez.
Os efeitos colaterais são poucos, normalmente apenas braço dolorido e vermelho, por se tratar de uma vacina intramuscular.
Lembre-se: em qualquer idade, as vacinas são importantes para proteger nosso organismo contra doenças que ameaçam a saúde. Elas continuam sendo a forma mais segura e eficaz de prevenção, então, para o seu bem e das pessoas que ama, especialmente bebês que são grupos de riscos de várias doenças, atualize seu cartão vacinal.
Como você viu, o cuidado com a saúde dos pequenos deve começar já na gestação. Garanta o bem-estar do bebê conferindo o calendário de vacinação para deixar sempre em dia sua imunização: