24/11/2021

Informação previne: saiba mais sobre a prevenção da meningite meningocócica

Entenda mais sobre os perigos da meningite bacteriana, saiba quais seus sintomas e descubra como combatê-la com prevenção e vacinação.

A meningite é uma doença séria. Sem a prevenção certa, ela evolui rapidamente e é capaz de levar a óbito em 24 horas ou deixar sequelas graves, como surdez e problemas no cérebro. Por isso, o tratamento precisa ser imediato e a informação é essencial para se proteger!

Continue sua leitura e entenda tudo sobre a prevenção da meningite meningocócica:

Como acontece a transmissão da meningite bacteriana
Os sintomas e sequelas da meningite meningocócica
O Brasil contra a meningite 
Como garantir a prevenção contra a meningite: a vacina é a melhor solução

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Como funciona a transmissão da meningite bacteriana

Para começar, é preciso entender que essa é uma doença infecciosa, transmissível por bactérias, vírus ou, mais raramente, fungos. Entre essas variações, o tipo mais perigoso é a meningite bacteriana, também conhecida como meningite meningocócica.

A transmissão desse tipo de meningite costuma acontecer entre pessoas por meio das vias respiratórias e pelo contato com a saliva, seja por espirro, fala, tosse, beijo, etc. As bactérias responsáveis são, principalmente, os meningococos A, C, W, Y e B.

Além de o contágio ser fácil, a meningite bacteriana tem transmissão passiva: o sujeito infectado, mesmo sem desenvolver sintomas ou saber que está doente, continua transmitindo a doença. Os mais afetados pela doença são crianças e adolescentes, mas ninguém está livre de contraí-la.

Por isso, a vacinação é tão importante para evitar o contágio.

Saiba como prevenir a meningite meningocócica | Vaccine

Os sintomas e sequelas da meningite meningocócica

Os órgãos atingidos pela meningite são as meninges: membranas que envolvem tanto o cérebro quanto a medula espinhal. A doença acontece quando as meninges inflamam, colocando em risco a região cerebral.

Por isso, a meningite se manifesta rápido. Os primeiros sintomas são dores de cabeças e dificuldade para engolir, seguido de febre súbita e agressiva. No seu estágio final, os sintomas são tontura, náusea e delírio. Ao fim, se o tratamento não for rápido, a inflamação pode levar à morte.

Leia mais: Entenda a relação entre imunidade e saúde mental.

É importante lembrar que alguns sintomas são mais específicos para certas idades, já que a meningite se manifesta de forma um pouco diferente dependendo da faixa etária. Crianças com menos de 2 anos, por exemplo, podem ficar bastante irritadas, já crianças maiores podem apresentar rigidez no pescoço. Fique atento aos sintomas e busque ajuda profissional se eles se apresentarem.

No entanto, deve-se voltar a reforçar a importância da prevenção. Afinal, mesmo que o tratamento seja rápido, a pessoa atingida pode ter sérias sequelas, que vão desde problemas no desenvolvimento cerebral até cicatrizes na pele, amputação de membros e convulsões.

Entretanto, com prevenção e vacinação, todos esses problemas podem ser evitados. Portanto, vacine-se! 

O Brasil contra a meningite 

A meningite já foi um problema global, mas hoje com os incentivos à ciência e à vacinação, os riscos já são bem menores.

No Brasil, a vacinação já conseguiu restringir em 90% os casos do tipo C (a mais comum) em crianças menores de 2 anos.

No entanto, apesar dos esforços, a meningite meningocócica tem vários tipos, e com a diminuição da aparição do tipo C, outras variantes passaram a causar problemas em regiões do país.

São os casos dos meningococos B e W, que têm se tornado mais comuns, principalmente no sul do Brasil. Assim, C, B e W são os mais comuns em território brasileiro e a vacinação é fundamental para combatê-los. 

Além disso, também é importante manter a imunização contra as outras variações da meningite, para evitar surtos. Para tanto, existem variações também nas vacinas contra a meningite. Vamos conhecê-las agora:

Saiba como prevenir a meningite meningocócica | Vaccine

Como garantir a prevenção contra a meningite: a vacina é a melhor solução

Atualmente, as duas principais vacinas contra a meningite meningocócica são a Meningo B e a Meningo ACWY. Elas são recomendadas para crianças a partir dos seus três meses de vida e adolescentes. 

Entenda mais sobre esses tipos e outras vacinas importantes contra essa doença:

  • Vacina meningocócica C – imunização contra a meningite de tipo C (a mais comum). Ela deve ser aplicada em três doses para bebês, começando aos 3 meses, depois aos 5 meses e, por fim, quando ele completar 1 ano de idade. Depois disso, adolescentes de 11 a 14 anos devem receber uma dose única como reforço
  • Vacina meningocócica conjugada ACWY – esta é importante para proteger contra quatro tipos da doença, assim, pode substituir a meningocócica C. As doses devem ser tomadas aos 3 meses, 5 meses e 7 meses,  com reforço entre 12 e 15 meses, entre 5 e 6 anos e também na adolescência.
  • Vacina meningocócica do sorogrupo B – esta vacina protege contra a meningite B, que não está englobada na imunização ACWY. Ela deve ser aplicada em crianças aos 3 meses, 5 meses e 7 meses, com reforço entre 12 e 15 meses. Além disso, adultos aos 50 anos de idade também devem tomar.

Também é importante levar em conta outras bactérias, como os pneumococos, que também podem causar meningite bacteriana. Para combatê-los, recomenda-se tomar a vacina pneumocócica conjugada 13-valente (VPC13). Esse imunizante previne 90% das doenças graves como meningite, pneumonia e  otite em crianças.

A vacinação de adultos e idosos que possuem doenças crônicas ou HIV também é recomendada pelos órgãos reguladores. 

A reaplicação de algumas dessas vacinas é recomendada na infância ou no caso de pessoas com alguma imunodeficiência, então não perca o prazo. E não deixe de se vacinar, porque a melhor proteção é a prevenção!

Se quiser saber mais sobre as vacinas para a infância, entre em contato com a unidade mais próxima da Vaccine:

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Foto de Leandro Andriani

por Leandro Andriani

Farmacêutico e Bioquímico, graduado no ano de 1995 atua no ramo de imunização a mais 20 anos. Vasta experiência no mercado farmacêutico. E sócio proprietário da Clínica Vaccine.