Para vencermos a pandemia de covid-19 a melhor solução é, sem sombra de dúvidas, a vacinação.
A imunização, combinada com os cuidados primários de prevenção, como distanciamento social e hábitos de higiene com a utilização do álcool 70%, será possível superar um problema que o mundo enfrenta há mais de um ano.
As provas disso estão em território nacional. O município de Serrano, na região metropolitana de Ribeirão Preto (SP), por exemplo, imunizou mais de 95% da população com mais de 18 anos.
A cidade fez parte da pesquisa clínica do Instituto Butantan sobre vacinação em massa e os resultados foram muito satisfatórios. Foi constatado uma redução de 86% nas internações por covid-19, além da diminuição de 80% nos casos sintomáticos.
Botucatu, também no estado de São Paulo, é mais um caso de sucesso. Após seis semanas desde o início da campanha de vacinação no município, foi registrada uma queda de 71,3% nos novos casos.
Mas e no resto do Brasil? Como anda a distribuição e aplicação das vacinas contra o coronavírus pelas redes pública e privada?
Para saber, continue acompanhando o post!
A vacinação no Brasil em números
A vacinação na rede privada
Quais vacinas estão sendo aplicadas no Brasil atualmente?
A vacinação no Brasil em números
A campanha de vacinação contra a covid-19 teve início no país no dia 17 de janeiro de 2021. Até o final de junho do mesmo ano, estima-se que o Brasil tenha imunizado de forma completa cerca de 12% da população.
Por “pessoas completamente imunizadas”, entende-se os que tomaram as duas doses das vacinas que as exigem e também os casos de imunização com vacinas de dose única.
Isso é um total de 27.077.167 aplicações, sendo que deste valor 26.238.985 se referem às vacinações em duas etapas (duas doses). Os 838.182 restantes das aplicações se referem às doses únicas.
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A vacinação na rede pública
Atualmente a rede pública de saúde é a responsável pela aplicação das doses de vacina compradas pelo governo federal. A distribuição segue o Plano Nacional de Imunização elaborado pelo Ministério da Saúde:
- O governo federal realiza as compras das doses das vacinas diretamente com os laboratórios responsáveis pela sua fabricação e os redistribui para os governos estaduais seguindo a proporção de habitantes de cada um.
- Da mesma forma, os governos estaduais redistribuem as vacinas para os seus municípios.
- Uma vez nos municípios, as prefeituras organizam e distribuem as doses nos pontos de vacinação selecionados.
A vacinação na rede privada
A rede privada não está oferecendo doses de vacina contra a covid-19 no momento. Isso tem vários motivos. Primeiramente, por questões legais. A legislação prevê a compra de vacinas por empresas privadas para a distribuição para seus funcionários, contudo há a obrigatoriedade de que a empresa doe 50% das doses adquiridas para o SUS.
A grande questão é: as clínicas de vacinas não pretendem realizar a compra apenas para distribuição entre seus funcionários. O objetivo na verdade é a sua distribuição para a população. Essa interpretação da lei é o que se discute atualmente no Congresso Nacional.
Outro ponto é a liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para as vacinas, que é um processo lento e burocrático.
Por hora, não há uma data certa para o início da imunização contra a covid-19 por iniciativa privada, tampouco é possível especular com certeza o quanto custariam, pois os custos relacionados ao seguro e à logística, que são responsáveis por boa parte da variação no preço.
Quais vacinas estão sendo aplicadas no Brasil atualmente?
Atualmente o Brasil está aplicando três vacinas diferentes. Conheça um pouco mais sobre cada uma delas a seguir:
1. CoronaVac
A CoronaVac é produzida originalmente pela Sinovac, porém o Instituto Butantan entrou em parceria com a empresa chinesa para produzir as vacinas em território nacional a partir da matéria-prima comprada e enviada da China.
Seu funcionamento é baseado na introdução de uma forma inativa do coronavírus no organismo, estimulando a produção de anticorpos pelo sistema de defesa natural do corpo humano.
Sua eficácia é de 50,7% e a imunização completa é adquirida com duas doses da vacina.
2. Comirnaty
Produzida pela Pfizer e BioNTech, a Comirnaty é uma vacina que usa o RNA viral como forma de estimular o sistema de defesa do organismo.
De todas as vacinas aplicadas no Brasil, a Comirnaty é a que apresenta maior nível de eficácia, com 95% de chances de proteger o imunizado. Assim como a CoronaVac, precisa de duas doses para que alcance seu máximo de eficiência.
3. Covishield
A Covishield é produzida pela parceria entre a empresa AstraZeneca e a universidade de Oxford, utilizando um vetor viral como antígeno.
Em resumo, os cientistas utilizaram um outro vírus como base e o modificaram para que ele possua partes do coronavírus em sua estrutura para ativar nosso sistema imunológico. Por não ser capaz de se multiplicar, o novo vírus não pode causar nenhuma doença ao ser humano.
Sua eficácia foi comprovada em 70% e também precisa de duas doses para que a imunização seja completa.
Saiba mais no artigo:
Conclusão
Vale destacar que independente da vacina, a imunização é necessária para erradicar esta doença e dar fim à pandemia.
Por hora, o foco da vacinação está nos adultos, e a melhor maneira de manter as crianças seguras é colocando a carteirinha de vacinação em dia! Saiba mais sobre o assunto no eBook: