Somente no ano de 2019, foram registrados mais de 2.000 casos de caxumba apenas no Rio de Janeiro. Porém, o que mais preocupa os pesquisadores não é um crescimento no número de casos, mas a queda nos índices de vacinação infantil no país.
De acordo com a socióloga Carla Domingues, que coordenou o PNI (Programa Nacional de Imunização) de junho de 2011 até julho de 2019:
“Esses números indicam que ao menos 900 mil crianças não foram vacinadas no país em 2021. Voltamos a apresentar índices de cobertura próximos aos da década de 1980”
Dessa maneira, procurar conscientizar a população a respeito da vacinação e sua importância é um papel que a Vaccine também assume. Sendo assim, separamos ao longo deste texto tudo o que você precisa saber sobre a caxumba e por qual razão você deve se vacinar. Acompanhe!
O que causa a caxumba?
Principais sintomas da caxumba
Quais são os tratamentos para a doença?
Como prevenir a caxumba?
O que causa a caxumba?
A caxumba, também conhecida como papeira, é uma infecção viral aguda que pode atingir qualquer tecido glandular e nervoso no corpo humano. Porém, é mais comum que a doença afete as glândulas parótidas (que produzem saliva) ou as submandibulares e sublinguais (próximas ao ouvido).
A doença possui distribuição universal e é de alta morbidade, causando endemias e surtos na população.
Dessa forma, ela é mais comum em crianças e adolescentes no período escolar, mas pode ser transmitida para pessoas de qualquer idade.
Além disso, a caxumba é transmitida por via aérea, por meio da disseminação de gotículas ou ainda, pelo contato direto com a saliva de indivíduos infectados.
Porém, ela também pode ser transmitida indiretamente pelo contato com objetos ou utensílios contaminados com secreção do nariz ou boca.
Pessoas infectadas pela doença possuem imunidade vitalícia, porém, essa proteção também é garantida com a vacinação, que é a melhor forma de prevenção.
Principais sintomas da caxumba
O mais conhecido sintoma da caxumba é o inchaço das glândulas salivares, acompanhado de febre. Porém, 30% dos casos da doença não apresentam aumento das glândulas.
Além disso, é comum que o vírus também cause orquite nos homens (inflamação nos testículos) e mastite nas mulheres (infecção no tecido mamário), tendo também uma maior gravidade após a adolescência.
Dessa maneira, a doença pode levar a meningite e a epidídimo orquite, duas complicações que podem causar mais problemas, mas costumam não deixar sequelas.
De outra forma, a caxumba costuma afetar crianças menores de 5 anos com sintomas das vias respiratórias e perda neurossensorial da audição, podendo também causar encefalite e pancreatite.
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Além disso, a caxumba no primeiro trimestre de gravidez pode ocasionar aborto espontâneo.
Portanto, os principais sintomas de caxumba são:
- Inchaço nas glândulas salivares (dos dois lados ou apenas um)
- Febre
- Dor de cabeça
- Cansaço e fraqueza
- Dor ao mastigar e engolir
- Falta de apetite
Porém, com o surgimento de complicações outros sintomas podem aparecer:
- Dor e inchaço nos testículos (orquite)
- Dor e inchaço nas mamas (mastite)
- Dor e inchaço na região dos ovários (ooforite)
- Náuseas
- Vômitos
- Dor no abdômen superior (pancreatite)
- Rigidez na nuca
- Prostração (meningite)
Quais são os tratamentos para a doença?
O tratamento da caxumba vai depender dos sintomas apresentados no paciente, adequando hidratação e alimentação, visto que pessoas infectadas tendem a ter reações a alimentos ácidos, causando náuseas, dores e até mesmo vômitos.
Dessa maneira, a principal recomendação no tratamento da doença é o repouso e manter os cuidados com a higiene bucal, além de medicamentos para dor e febre e atenção para a possibilidade de complicações.
Por fim, a grande maioria dos casos da doença possuem recuperação natural e progressiva em até duas semanas.
Como prevenir a caxumba?
Já a prevenção, como você já sabe, se dá pela vacina, que é produzida com o vírus vivo atenuado da doença, podendo ser aplicada de maneira isolada.
No entanto, a vacina também está associada às vacinas contra sarampo e rubéola, compondo assim em conjunto com a caxumba a vacina tríplice viral ou a tetra viral (com adição da catapora), com a primeira dose sendo aplicada aos 12 meses de idade e a segunda aos 15 meses.
Com exceção de gestantes e imunodeprimidos, adultos que não foram infectados pelo vírus no passado devem ser imunizados com a vacina.
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