Pandemias assolam a humanidade há milhares de anos. Exemplo disso é a gripe espanhola, que surgiu na Europa e nos Estados Unidos, mas se espalhou em poucos meses e levou à morte mais de 50 milhões de pessoas no mundo todo.
A doença não tinha cura e desapareceu alguns anos depois, porém, como o vírus sofre mutação, ele permanece em circulação até os dias atuais.
Uma variação do vírus influenza foi responsável pelos casos de H1N1 que enfrentamos em 2009.
Graças a vacinação os impactos que a doença causa foram reduzidos, mas a gripe ainda mata cerca de 600 mil pessoas por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Por isso a importância em manter a carteirinha de vacinação atualizada.
Quer entender melhor como as vacinas são responsáveis pelas doenças erradicadas? Continue a leitura.
Leia mais: Carteirinha de vacinação: Por que manter atualizada?
Quais são as doenças erradicadas?
Quais são as doenças evitáveis?
A importância em manter a vacinação em dia
Quais são as doenças erradicadas?
Quando uma doença é erradicada, significa que ela deixou de existir, as demais podem ser eliminadas ou controladas.
O único caso que temos até hoje é o da varíola, título conferido em 1980 pela OMS. Já foi uma das doenças mais preocupantes no mundo todo e, no período em que esteve ativa, fez mais de 300 milhões de vítimas.
Graças às campanhas bem-sucedidas e realizadas em massa, foi possível erradicar uma das enfermidades que mais causou mortes num curto espaço de tempo na história.
Doenças infecciosas como a difteria, a rubéola e o tétano já chegaram a não apresentar casos notificados no Brasil, mas atualmente são consideradas doenças controladas – quando possuem um número muito baixo de casos e não circulam mais em boa parte do mundo.
Apesar dos enormes esforços dos serviços de saúde, doenças eliminadas apresentam risco de disseminação e circular novamente caso as metas de cobertura vacinal não sejam atingidas.
Exemplos disso são a poliomielite e o sarampo.
A poliomielite atingiu mais de mil crianças por dia em seu auge, mas o Brasil não registra casos desde 1989. Ela foi eliminada na maioria dos países ocidentais e a expectativa é de que ela seja a segunda na lista de doenças erradicadas por vacina.
Em 2016 o sarampo foi considerado uma doença eliminada no nosso continente, mas deixamos de ser um país livre dele dois anos depois devido à baixa adesão vacinal.
Leia mais: Tire suas dúvidas sobre a vacina do sarampo
Quais são as doenças evitáveis?
Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), ao menos 44% das mortes de crianças são causadas por doenças evitáveis.
A proteção é o melhor caminho para que elas não evoluam e deixem sequelas graves ou levem à morte. Hoje em dia, as seguintes doenças podem ser combatidas com a vacinação:
- Caxumba
- Coqueluche
- Difteria
- Doenças pneumocócicas
- Febre amarela
- Hepatites A e B
- Influenza (Gripe)
- Meningite causada pelos sorogrupos A, C, W e Y
- Poliomielite
- Rotavírus
- Rubéola
- Sarampo
- Tétano
- Tuberculose
- Varicela (Catapora)
- Infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b (Hib)
- Infecções e cânceres causados pelo papilomavírus humano (HPV)
Algumas vacinas são responsáveis por conferir proteção contra mais de uma doença. Confira alguns exemplos delas:
- dTp: previne difteria, tétano e coqueluche
- dTpa + IPV: previne difteria, tétano, coqueluche e poliomielite
- Pentavalente: previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b (Hib)
- Hexavalente: previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b (Hib) e poliomielite
- Vacina tríplice viral (SCR): previne sarampo, rubéola e caxumba
A importância em manter a vacinação em dia
O Brasil não atinge as metas de cobertura vacinal infantil desde 2015.
Segundo a infectologista Rosana Richtmann, diretora do Comitê de Imunização da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a desinformação é a principal causa:
“As pessoas – incluindo aí vários profissionais de saúde – desconhecem os calendários vacinais para adolescentes, gestantes, adultos, idosos e imunodeprimidos. Some-se a isso o desserviço prestados pelas fake news e eis o resultado desastroso que estamos vendo”
Ler mais: Quais as vacinas essenciais para a gravidez?
A redução no número de casos de contaminação e mortes após a vacinação contra o coronavírus demonstrou a importância da prevenção.
No entanto, as medidas não farmacológicas contra a Covid-19 podem ter reduzido a incidência de outras doenças transmissíveis que a população pode estar suscetível com o retorno das atividades presenciais.
Muitas pessoas não têm a percepção dos riscos reais que doenças contagiosas apresentam de reintroduzir infecções e desencadear surtos.
Por isso, a prevenção deve acontecer de forma contínua, durante a vida toda, para garantir um envelhecimento saudável. No momento em que alguém deixa de se vacinar coloca em risco a saúde das pessoas à sua volta.
Com os esforços dos serviços de saúde e empenho da população podemos caminhar para um futuro onde tenhamos mais doenças erradicadas.
Ler mais: Por que a vacinação é tão importante em todas as idades?
O inverno está chegando e com ele há um aumento significativo nos casos de doenças infecciosas, principalmente respiratórias. Sua imunização está em dia?
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